O Congo Belga -
1914-1918
O comportamento da Bélgica em África
foi idêntico ao que teve na Europa ao declarar o território do Congo
como um território neutro, no entanto quando o território europeu foi
invadido o governador-geral do Congo Belga Félix Alexandre Fuchs recebeu
ordens em contrário, mas com instruções para se manter na defensiva.
Logo a 22 de Agosto os alemães
bombardearam o porto de Lukuga, no Lago Tanganica, mas cumprindo as
instruções que tinham recebido não retaliaram sobre o inimigo.
A 28 de Agosto, por causa da ameaça
que vinha da colónia alemã dos Camarões, o governador-geral do Congo
Belga respondeu afirmativamente ao pedido francês para auxiliar o ataque
à colónia alemã, através da cedência de uma unidade militar da Force
Publique(8).
Governadores do Congo Belga
entre 1914 e 1918
Félix
Alexandre Fuchs 1912-1916
Eugène Joseph Marie Henry 1916-1921
A Campanha conta a
Colónia Ocidental Alemã dos Camarões 1914-1916
A colónia alemã dos Camarões, hoje
território actual da Nigéria, tinha uma guarnição de cerca de 1.000
soldados europeus alemães e 3.000 soldados indígenas.
Logo no início da guerra, a 25 de
Agosto de 1914, foram atacados pelos britânicos e franceses comandados
pelo General Joseph Aymerich. Os britânicos entraram pelo norte da
colónia alemã progredindo em três colunas.
O avanço britânico
iniciou-se no norte junto a Mara e seguiram para sul em
direcção do Forte de Garua. O primeiro contacto com os
alemães deu-se junto ao posto fronteiriço de Tepe. A este
primeiro encontro os britânicos chamaram Batalha de Tepe,
considerado como uma vitória porque os alemães retiraram
para o Forte de Garua.
Trincheiras alemãs do
Forte Garua (1915)
Depois da tomada do posto de Tepe s
força comandada pelo Coronel Maclear avançou sobre o Forte Garua. O
cerco ao forte começou a 29 de Agosto. Fez um ataque directo ao forte
através de uma carga em campo aberto o que provocou que sofresse pesadas
baixas. mesmo assim conquistou uma das cinco trincheiras do forte. No
dia seguinte os alemães contra-atacaram e recapturam a trincheira. As
tropas coloniais britânicas fugiram durante o ataque alemão deixando os
oficiais europeus sozinhos nas trincheiras. Os alemães perseguiram os
britânicos até estes estarem totalmente fora da colónia alemã. Em
resultado deste ataque os britânicos perderam a maioria dos oficiais,
incluindo o coronel Maclear que foi morto, e 40 % das suas forças
indígenas. Em comparação os alemães tiveram baixas insignificantes. A 1ª
Batalha de Garua foi uma derrota britânica.
As outras duas colunas também
sofreram uma resistência feroz por parte dos alemães. Todas acabando por
serem expulsas do território alemão.
Os franceses que atacaram a partir da
fronteira sul (Congo Francês) conseguiram capturar a localidade de
Kusseri. No início de Setembro de 1914, os franceses com o auxílio de
uma força militar belga, a maioria da coluna era formada por forças
belgas, conseguiram conquistar a localidade de Limbe nas costa
atlântica. A força belga, cerca de 600 homens, ficou sob o comando do
coronel francês Hutin em Outubro de 1914. As autoridades belgas também
disponibilizaram alguns navios fluviais, entre estes o Luxembourg, e
algumas peças de artilharia.
Luxembourg
A 27 de Setembro de 1914 uma
força alidade composta por forças britânicas, francesas e belgas
atacaram a capital da colónia, Douala. a capital resistiu até Maio de
1915.
Em 1915 a maioria das tropas alemãs,
excepto as que se encontravam nos Fortes de Mora e Garua, tinham
retirado para o interior montanhoso onde passou a estar a sede da nova
capital da colónia, Jaunde. Até Março de 1915 as tropas alemães
conseguiram aguentar os ataques aliados e inclusivamente atacar a
colónia britânica (Nigéria) a partir do Forte Garua, em Abril de 1915.
Este ataque às forças britânicas ficou conhecido como a Batalha de Gurin.
Este ataque levou a que os britânicos voltassem a atacar o Forte de
Garua em Junho 1915. O combate durou entre 31 de Maio e 10 de Junho,
tendo os britânicos com o auxílio de uma força francesa conquistar o
Forte de Garua.
Os alemães retiraram para sul após
perderem o Forte de Garua e os aliados perseguiram-nos até Ngaundere,
onde os alemães ofereceram alguma resistência. Os combates de 29 de
Julho em Ngaundere ficaram conhecidos como a Batalha de Ngaundere. Daqui
os alemães retiraram para o Forte de Mora, onde resistiram até Fevereiro
de 1916.
A 6 de Agosto de 1915 uma força
francesa tentou tomar a localidade de Kilwe, mas os defensores
conseguiram suster o ataque. A 1 de Setembro os franceses tentaram um
novo ataque mas também foram expulsos.
Foi necessário esperar que a época
das chuvas passasse para se fazer o ataque sobre os últimos pontos de
resistência alemã nos Camarões. Assim Yaounda só foi capturada em
Novembro de 1915 e o último foco de resistência em Mora em Fevereiro de
1916.
Para o ataque a Yaounda foi executado
por uma força conjunta aliada, composta por quatro cruzadores britânicos
e franceses e com o poio de uma flotilha costeira e fluvial improvisada.
A maioria dos soldados alemães que
não foram capturados pelos aliados durante a campanha fugiram para a
Guiné Espanhola, que sendo um território neutro os internou até ao final
da guerra.
Tropas
alemãs dos Camarões - Duala
O Exército Colonial
Belga
O exército colonial no Congo Belga
era conhecido pelo nome de Force Publique. Esta força começou a
ser organizada em 1914, antes do início da Grande Guerra, quando foi
definido que passaria a estar organizada em unidades de Troupes
Coloniales e unidades de Políce Territoriale.
Em 1914 existiam 21 companhias
pertencentes às Troupes Coloniales, que tinham recebido o nome da
localidade onde se encontravam estacionadas:
-
1- Bas-Congo
-
2- Cateracts;
-
3- Satnley-Pool:
-
4- Ubangi;
-
5- Équateur;
-
6- Bangala;
-
7- Kuango;
-
8- Lac Léopold II;
-
9- Lualaba;
-
10- Kasai:
-
11- Aruwimi;
-
12- Rubi;
-
13- Maka-Bomokandi;
-
14- Uele-Bili;
-
15- Makrakas;
-
16- Stanley Falls;
-
17- Ponthérville;
-
18- Maniema;
-
19- Ituri;
-
20- Lulonga;
-
21- Ruzizi-Kivu.
Existia ainda uma companhia de
artilharia e engenheiros, a Compangnie d'Artillerie et de Génie,
estacionada num forte em Boma, junto à foz do rio Congo. Esta companhia
tinha cerca de 200 efectivos e estava equipada com oito peças de 160mm.
Estas tropas eram essencialmente formadas por congoleses. Existiam ainda
seis campos de treino para recrutas. As companhias congolesas
apresentavam um efectivo que rondava 600 homens, mas muitos estavam
dispersos por postos com função de policiamento nas suas áreas de
controlo, com pouco ou nenhuma capacidade militar.
O corpo de polícia também mantinha um
perfil militar e apresentava uma maior operacionalidade do que as
Troupes Coloniales. Este corpo era essencialmente composto por
Troupes de Katanga. Estava organizado em quatro companhias de
marcha, duas companhias de reserva (administrativas), uma companhia de
ciclistas e um Quartel-general de Batalhão.
Em
1914 a Force Publique tinha 12.133 homens nas companhias territoriais
congolesas, 2.400 homens em instrução nos campos de treino e 2.875
homens nas forças de polícia katangesas. O exército colonial belga no
Congo apresentava um efectivo de cerca de 17.000 homens.
A Force Publique
foi comandada pelo General Charles Tombeur. Em 1914 o
general era o administrador da província do Katanga. Em 1916
comandou pessoalmente o ataque à cidade de Tabora, capital
da África Alemã Oriental , tendo a capturado depois de um
combate muito difícil.
General Charles Tombeur
A Reorganização da
Force Publique
Com o advento da guerra a Bélgica
pretendeu reorganizar as suas Troupe Coloniales de acordo com a
organização implementada no corpo de Políce Territoriale. Assim
quis criar três batalhões congoleses ao estilo da polícia kantagesa, com
um major no comando de cada batalhão.
Quando
a 6 de Agosto de 1914 o Tenetente-general Charles Tombeur, ordenou a
mobilização geral apenas
um
batalhão congolês estava formado, o que se encontrava estacionado junto à
fronteira com a colónia alemã, que actuou como reforço do batalhão de
polícia Katangês que estava estacionado mais a Sul, também junto à
fronteira com a colónia alemã.
As companhias tinham entre 100 a 150
soldados indígenas e dois oficiais europeus, dois sargentos europeus e
oito sargentos indígenas. também eram acompanhados por nativos com a
função de auxiliares para transportarem o trem de abastecimento. Também
fazia parte das companhias uma secção de artilharia ligeira, 75mm Krupp
de montanha ou 47mm Nordenfelt e, ainda, duas metralhadoras Maxim.
A organização das forças coloniais
belgas levou bastante tempo em comparação com as forças dos seus
aliados, porque a Bélgica tinha sido quase toda ocupada na Europa pelos
alemães. No entanto, as forças do Katanga estavam estavam bem
organizadas e preparadas para entrar em combate.
As forças do Katanga formaram
rapidamente três batalhões tendo dois, o 1º e o 3º sido enviados para a
fronteira sul com a Rodésia e o 2º para junto da fronteira este com a
colónia alemã. As forças congolesas só conseguiram ficar prontas no
final de 1915, com o auxílio de oficiais belgas vindos da Europa. Os
batalhões foram formados por companhias antigas e novas.
Em 1916 os efectivos da Force
Publique já reforçados, foram organizados em três grupos moveis (groupes),
o equivalente a brigadas, com os nomes de Kivu, a Ruzizi e a Tanganica,
compostas no total por 15 batalhões com homens retirados das guarnições
dos postos provinciais e da força da polícia. Foi ainda criado um
serviço de etapas para a gestão das comunicações e abastecimentos em
campanha.
Os franceses forneceram alguns
morteiros tipo Delattre, tendo as forças belgas formado com estes
equipamentos uma companhia de granadeiros.
Os belgas também estiveram equipados
com hidroaviões no Lago Tanganica, os quais foram utilizados para
bombardear um dos dois vapores alemães que navegavam armados neste lago4.
Força Aeronaval do Lago Tanganica
Os
belgas receberam dos britânicos quatro hidroaviões Short Type 827, em
Junho de 1915, que ficaram numa base em M’toa, a 30km de Albertville.
Força Naval do Lago Tanganica
Alexandre Delcommune (1914 - 22/08/1914): 1 canhão 76mm e uma
metralhadora.
Vengeur (12/1915
-1918): Este navio é o antigo Alexandre Delcommune reconstruído e
recolocado a flutuar. 2 canhões de 70mm e 1 metralhadora.
Mosselback (1914 - 1918): Lancha, 1 canhão de 57mm e 1 canhão de 47mm.
Wami (1914-1918):
Lancha, 1 canhão de 37mm.
Netta (24/12/1915
- 1918): Lancha Rápida, 1 canhão de 57mm, 1 canhão de 37mm pompom, 2
metralhadoras.
HMS Mimi
(24/12/1915 - 1918): Lancha Rápida, 1 canhão de 47mm e uma metralhadora.
(navio britânico)
HMS Toutou
(24/12/1915 - 1918): Lancha Rápida, 1 canhão de 47mm e uma metralhadora.
(navio britânico). Ambos os navios são iguais.
HMS Fifi (19/02/1916-1918): Lancha, 1
canhão de 37mm. (navio britânico). Ex-navio alemão SMS Kingani capturado
em 26 de Dezembro de 1915 e reparado em Lukuga e rebaptizado como HMS
Fifi.
Força Naval do Rio Congo
Luxembourg (1914-1918): 1 canhão de
27mm Nordenfelt, 1 canhão 75mm Krupp e 1 metralhadora.
Alexandre Delcommune
Wami
Mosselback
Netta
HMS
Mimi
HMS Fifi
As Campanhas da Force
Publique conta a Colónia Oriental Alemã
Dos primeiros
confrontos à Batalha do Lago Tanganica
Os primeiros confrontos
deram-se no Lago Tanganica e rios afluentes logo a 15 de Agosto, quando
as tropas alemãs estacionadas ao norte do Congo Belga bombardearam e
atacaram Uvira, no extremo norte do Lago Tanganica e apoderam-se da ilha
Idjwi no Lago Kivu.
A 22 de
Agosto os alemães deslocaram o navio SMS Hedwing von Wissman para
junto do porto de Albertville na margem belga do Lago Tanganica.
Bombardearam as instalações e atacaram o navio belga Alexandre
Delcommune que para evitar ser afundado foi encalhou deliberadamente.
O navio alemão já o tinha atacado duas vezes em dias anteriores.
Depois
deste ataque os belgas ficaram limitados a uma barcaça Mosselback.
Reduzida a capacidade naval dos belgas no lago, os alemães enviaram os
seus navios SMS Hedwing von Wissman e SMS Kingani para as
águas do lago junto à Rodésia.
A 5 de
Setembro fizeram o desembarque de uma força alemã de 40 de Askaris e 80
Ruga-Ruga (guerreiros indígenas) e atacaram o porto de Abercom na
Rodésia (Britânica). Este combate durou 3 dias e só terminou quando uma
força belga da Force Publique, vinda de Kitope, reforçou os defensores
britânicos e expulsou os alemães.
A 18 de
Setembro a força naval alemã, composta pelos
SMS
Hedwig von Wissman
e SMS Kingani,
afundou os navios mercantes britânicos SS Good News, SS
Morning Star e no dia seguinte o SS Cecil Rhode.
Em
Junho de 1915 a força naval alemã ganhou a supremacia total no Lago
Tanganica quando lançou à água a canhoneira SMS Graf von Götzen.
Entretanto os belgas conseguiram colocar a flutuar de novo o
Alexandre Delcommune, que foi rebaptizado como Vengeur e
acrescentaram uma vedeta rápida Netta à sua força naval no lago. Também
receberam dois cruzadores com motor a gasolina dos britânicos, HMS
Mimi e HMS Toutou e ainda quatro hidroaviões Short Type 827, que ficaram
numa base em M’toa, a 30km de Albertville.
Em
Dezembro de 1915 os belgas estavam novamente equipados e prontos
para tomar a iniciativa pela posse do Lago Tanganica. A flotilha
belgo-britânica era comandada pelo capitão-de-corveta inglês Geoffrey
Spice-Simson e a flotilha alemã comandada pelo governador militar
Gustav Zimmer.
Os combates conhecidos por Batalha do
Lago Tanganica começaram efectivamente a 26 de Dezembro de 1915, quando
o SMS
Kingani começou a ser perseguido pelas lanchas britânicas HMS
Mimi et HMS Toutou e pelas lanchas belgas Netta e
Mosselbak.
A 9 de fevereiro
o HMS Mimi e o HMS Fifi interceptaram o SMS
Hedwig von Wissman. Logo no seu segundo disparo o HMS Fifi acertou no
casco do navio alemão e o terceiro na casa das máquinas matando sete
tripulantes. O comandante do navio alemão teve de dar ordem de abandonar
o navio, tendo os sobreviventes sido recolhidos e levados para detenção
em Albertville.
A Ofensiva sobre Tabora - 1916
Durante a Grande Guerra a Force
Publique combateu
várias vezes as forças alemãs nos Camarões, Burundi, Ruanda e
na África Alemã Oriental. Em geral combateram bem, tendo ganho o
respeito dos seus aliados, portugueses e britânicos, e dos seu
inimigo alemão.
Force Publique em campanha em 1918
Em Abril de 1916 os belgas começaram
o avanço sobre a colónia alemã, com duas
brigadas, uma sobre o Ruanda e outra sobre o Burundi, com o objectivo
comum de se dirigirem para Tabora e atacarem a capital5.
As tropas encontravam-se organizadas
em Abril de 1916 da seguinte forma:
Brigada do Norte:
3º Regimento: (8º, 9º e 10º
Batalhões);
4º Regimento: (11º, 12º e 13º
Batalhões);
1ª e 3ª Batarias de Artilharia, mais
uma unidade de morteiros;
Uma companhia de serviços e
engenharia da Brigada e cada Regimento tinha uma secção de
metralhadoras.
Brigada do Sul:
1º Regimento (1º, 2º e 3º Batalhões);
2º Regimento (4º, 5º e 7º Batalhões);
2ª e 4ª Batarias de Artilharia;
Uma companhia de serviços e
engenharia da Brigada e cada Regimento tinha uma secção de
metralhadoras.
Unidades de defesa do Congo Belga:
14º e 15º Batalhões como tropas de
ocupação;
16º, 17º e 18º Batalhões como topas
de segurança interna;
6º Batalhão como tropa de defesa das
margens do Lago Tanganica. Este batalhão foi-se juntar à Brigada do Sul
após ter sido assegurada a tomada de todos os pontos ocupados pelos
alemães.
A Brigada do Norte, comandada pelo
Coronel Philippe François Joseph Molitor,
partiu de uma posição ao Norte do Lago Kivu e avançou em
direcção ao Lago Vitória, tendo ocupado a localidade de Kigali
(16/05/1916) ao fim de uma semana de marcha. Depois virou para sul. A
forças alemãs deram combate em Kigali, Biharamulo, Diobahika, Mwansa
(14/06/1916), no caminho para Tabora (19/09/1916).
A Brigada do Sul, comandada pelo
Coronel Frederik Voldemar Olsen,
partiu de uma posição ao Sul do Lago Kivo, tomou a localidade de
Usumbura e
desceu ao longo da margem Este do Lago Tanganica até Kigoma. A partir
desta posição deslocou-se ao longo do caminho-de-ferro em direcção a Tabora.
As forças alemãs ainda deram resistência em Ujiji. Um outro batalhão que
desembarcou em Kamera veio mais tarde juntar-se à Brigada do Sul antes
do ataque final a Tabora (19/09/1916).
Em Julho de 1916, as duas brigadas
belgas tinham expulsado os alemães das zonas do Lago Vitória e
Tanganica, encontrando-se prontas para avançar sobre Tabora. A 7 de
Setembro começou o ataque à cidade de Tabora, tendo sido conquistada
pelos belgas a 19 de Setembro de 1916. A derrota alemã foi completa,
tendo sofrido a morte de 50 europeus e 300 indígenas, mais cerca de 100
prisioneiros entre europeus e indígenas e muito material de guerra.
Quando os belgas entraram na cidade libertaram 189 europeus de paises
aliados que aqui se encontravam internados em campos de prisioneiros6.
Ofensiva sobre Mahenge - 1917
As forças belgas retomam a ofensiva
em Julho de 1917em direcção a Mahengo. Também enviaram mais tarde em
Outubro dois batalhões de infantaria, o 4º Batalhão e o 9º Batalhão,
para Kilwa a fim de auxiliar as tropas britânicas.
As tropas encontravam-se organizadas
em Julho de 1917 da seguinte forma:
Brigada do Norte - Grupo de captura
da companhia alemã de Wintgen
4º Regimento: (11º e 13º Batalhões)
3º Regimento: (8º, 9º e 10º
Batalhões)
4º Batalhão
7º Batalhão
1ª e 3ª Batarias de Artilharia.
Brigada do Sul:
1º Regimento (1º, 2º e 3º Batalhões)
5º Batalhão
12º Batalhão
2ª e 4ª Batarias de Artilharia;
Após a tomada de Mahenge o 4º e 9º
Batalhões mais as unidades de artilharia e serviços foram para Kilwa
para auxiliarem as forças britânicas.
A Brigada do Norte seguiu para Iringa,
Ikoma, Kondoa, Handeni, Kilosa e Faraka.
A Brigada do Sul seguiu ao longo do
caminho-de-ferro até Dodoma e Fakara, onde se reuniu à Brigada do Norte
antes de avançarem em conjunto sobre Mahenge.
Já sem o apoio de tropas britânicas
os belgas atravessaram o rio Kilombero em direcção a sul, atravessando
uma zona de pântanos e de montanhas até chegar à localidade de Mahenge.
Aí encontraram uma força alemã de cerca de 2.000 homens, comandada pelo
Coronel Theodor Tafel, que os esperavam entrincheirados
Os belgas tiveram um violento combate
mas conseguiram entrar e ocupar Mahenge a 9 de Outubro de 1917. Grande
parte dos alemães acabaram por fugir em direcção a Mganjira. Os belgas
capturaram 109 europeus e 156 Askaris e muito material de guerra7.
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