Namur - 1914

 

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O Cerco de Namur – 20/08/1914 a 25/08/1914

 

Quando a Fortaleza de Liège caiu, a 16 de Agosto, o 1º Exército alemão dirigiu-se para Noroeste, enquanto o 2º Exército e o 3º Exército seguiram ao longo do Meuse em direcção a Namur. 

 

As nove fortalezas em Namur foram construídas ao redor da cidade em terreno elevado, num raio de cerca de 8Km à volta do centro da cidade, e tal como as fortalezas de Liège, entre os anos da sua construção e Agosto de 1914, o governo também não tinha investido na manutenção.

 

As fortalezas apresentavam falta de munições e as guarnições estavam incompletas. As guarnições de Namur foram completadas com efectivos da 4ª Divisão de Infantaria belga que tinha inicialmente a missão guarnecer as posições entre as fortalezas. Tal como em Liège os trabalhos de preparação das trincheiras e de limpeza dos campos de tiro só começaram a 2 de Agosto de 1914.

 

A situação de Namur tornou-se crítica quando na terceira semana de Agosto, após a captura de Liège o 2º e 3º Exércitos alemães começaram a se deslocar ao longo do rio Meuse (Mosa) em direcção a França. 

 

A cidade de Namur que ficava situada na zona de confluência do rio Sambre e o rio Meuse seria o próximo obstáculo a ter que ser ultrapassado pelos alemães e tal como tinha acontecido em Liège, estas fortificações também não conseguiriam aguentar a enorme força destrutiva da artilharia pesada alemã e austríaca.

 

A França ainda conseguiu enviar um regimento de infantaria a tempo de reforçar as tropas belgas que defendiam a cidade, mas o ataque alemão levou com que as forças belgas tivessem de retirar da cidade e 25 de Agosto. Mais a sul da cidade, na zona das Ardenas, os exércitos francesas também retiravam, deixando o flanco das tropas aliadas (belgas, francesas e britânicas) na zona de Sambre-Meuse numa posição muito exposta.  

 

Os 37.000 soldados belgas que em Namur fizeram frente a 107.000 soldados alemães, encontravam-se com um moral muito baixo. Liège que era esperado que aguentasse durante meses apenas resistiu alguns dias e o rei Alberto I tinha ordenado que o grosso do exército retirasse para Antuérpia, ou seja, para longe de Namur.

 

A missão dos defensores de Namur consistia em aguentar as forças alemãs até que o 5º Exército francês, comandado pelo General Charles Lanzerac, atravessasse a margem oposta do Sambre e se ligasse à 4ª Divisão de Infantaria belga. Mas o 2º Exército alemão, comandado pelo General Karl von Bülow, que tinha a missão de tomar Namur, laçou um primeiro ataque sobre o forte Marchovelette, um dos nove fortes, para testar as defesas de Namur e simultaneamente mandou um destacamento do seu exército atravessar o Sambre e atacar as forças francesas do General Charles Lanzerac, para impedir que estas reforçassem as defesas de Namur.  Foi esta a razão por que apenas um regimento de infantaria francesa chegou até Namur.

 

No dia 21 de Agosto, esse destacamento alemão atravessou o rio Samble quando simultaneamente o corpo principal do 2º Exército iniciou o ataque directo a Namur com mais de 400 peças de artilharia. Neste dia já tinha chegado a bataria pesada especial para arrasar as fortificações de Namur.

 

A 23 de Agosto os fortes que defendiam a cidade já não estavam operacionais em resultado do fogo de artilharia alemã, o que levou a que os defensores retirassem da cidade.

 

A 24 de Agosto os alemães destruíram os últimos focos de resistência belga e tomaram a cidade. Neste mesmo dia as tropas francesas que se encontravam junto ao Sambre também retiraram e o 2º Exército alemão, assim com a restante força de ataque alemãs ficaram livres para avançarem em direcção a Paris3.

 

 

 

 

Notas

 

1- História de Bélgica (Wikipédia, em 17 de Março de 2013)

2- Revista Veja, Agosto 1914

3- Wold War I, de Spencer C Tucher, pag. 825.

 

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Bibliografia

 

 

 

 

 

 

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Este site foi actualizado pelo última vez em 29-03-2013