O Cerco de Liège - 04/08/1914 a
16/08/1914
Liège
encontrava-se rodeada por 12 fortificações, concebidas e construídos por
Henri Alexis Brialmont, preparadas para resistir aos impactos dos
disparos dos novos canhões estriados de calibres até 250mm.
Estas
tinham sido construídas de maneira a que a maior parte da estrutura
fosse subterrânea, ficando de fora um topo de alvenaria e betão. Cada
fortaleza dispunha de uma série de peças de artilharia retrácteis de
152mm. Estas estavam dispostas num raio de distância que variava entre
2,5Km e 10Km do centro da cidade e com uma distância entre eles de
aproximadamente 5Km. Embora fossem dos mais avançados à data da sua
implementação, em 1892, a sua manutenção não tinha sido das melhores. O
engenheiro Brialmont também tinha planeado construir um conjunto de
pequenos fortes e linhas de trincheiras que interligariam e protegeriam
as estruturas principais, mas o governo belga ainda não tinha efectuado
essas construções quando a guerra começou.
As suas
guarnições permanentes eram em número insuficiente e os homens que as
compunham tinham sido recrutados entre a guarda local, não apresentando
formação adequada. Só quando Luxemburgo foi invadido, a 2 de Agosto, é
que o governo belga deu ordem para a mobilização geral, treino intensivo
das guarnições e ordem para a preparação das estruturas defensivas
intermédias junto às fortificações. O comando da praça de Liège foi
entregue ao Tenente-general Gérard Leman, que teve ordems para manter a
defesa da praça até ao fim com a sua Divisão de Infantaria, o que o fez.
Quando,
a 4 de Agosto, a força alemã designada como Exército do Meuse dirigiu-se
para as pontes do rio Meuse junto a Liège com o fim de cercar a praça,
encontrou-as destruídas pelos belgas, o que não o impediu que o Generel
Otto von Emmich desse orem para construir pontões sobre barcaças, mesmo
debaixo de fogo, para atravessar o rio e atacar Liège. A força alemã,
composta por oito brigadas de infantaria, estava
determinada a conquistar Liège e nessa altura os belgas compreenderam
que tinham que lutar pela cidade.
Uma das
brigadas alemãs conseguiu atravessar o perímetro defensivo das
fortalezas e ocupou a cidade a 7 de Agosto, após um bombardeamento aéreo
por um Zepplin e fogo de artilharia.
A
partir do dia 12 até 16 de Agosto os alemães utilizaram uma bataria
pesada de artilharia especial, composta por 11 peças, duas alemães
“Diche Bertha” (Big Bertha) produzidas pela fábrica Krupp e 9 peças
austríacas “Schlanke Emma” (Skinny Emma”) produzidas pela fábrica Skoda,
que esmagaram literalmente cada uma das fortificações principais e
secundárias.
Depois
da queda de Liège, a 16 de Agosto, o rei Alberto I deu ordem para os
seus 65.000 homens que se encontravam em posições no terreno retirassem
para Antuérpia, onde se juntaram com a guarnição de 80.000 homens que
defendiam o sistema de fortalezas e a cidade fortificada. Depois da
capitulação de Lièga as tropas alemães mais a bataria especial avançaram
sobre a cidade de Namur2.
“Diche Bertha” (Big Bertha)
As Posições
Fortificadas de Liège
En commençant par le nord, rive droite de la
Meuse :
-
Barchon, grand fort
-
Évegnée, petit fort
-
Fléron, grand fort
-
Chaudfontaine, petit fort
-
Embourg, petit fort
-
Boncelles, grand fort
-
Flémalle, grand fort
-
Hollogne, petit fort
-
Loncin, grand fort
-
Lantin, petit fort
-
Liers, petit fort
-
Pontisse, grand fort
Pour plus d'informations sur l'aspect, l'armement et
le nombre d'hommes, voir
Fort de Loncin.
Les deux anciennes places fortes de la ville, bien que
déclassées en 1891, faisaient également partie du dispositif
défensif :
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