Calendários

 

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Os Calendários Romanos

 

Os calendários são documentos religiosos religiosos na sua essência, uma vez que indicam as festas religiosas. Estas não eram apenas festas para os sacerdotes, em Roma, o calendário era gerado por um colégio de pontífices, mais os dias de festas introduzidos por leis ou por os senadores. Eram também os os magistrados que decidiam a extensão ou a redução da duração de certas festas. Dentro das cidades, o duúmviro tinha o dever de instituir o calendário no princípio de cada ano, com a colaboração dos decuriões.

 

Por esta razão, os calendários transmitidos pela epigrafia, os chamados fastes (almanaque, registos oficiais de dias), são incompletos. Era gravado apenas um exemplar e afixado num monumento público, onde indicavam apenas os festas oficiais.

                      

 

A maior parte destes fastes, foi encontrada em Itália e datam do período entre a reforma do calendário por Júlio César e o fim da dinastia Júlio-Claudio.   A razão desta concentração de epigramas dever-se-á à necessidade de multiplicar os exemplares a partir da modificação do calendário, a que os Romanos estavam habituados. O seu número diminuiu a partir do momento em que o novo calendário se tornou familiar à população.

 

O fasti representado na foto (Museu Capitolino, Roma) apresenta a seguinte legenda esplicativa:

 

O fresco que adornava a parede de um quarto  encontrado no sítio arqueológico da vila de Nero, em Anzio, estava pintada com letras a preto e encarnado formando um calendário e uma lista de epónimos (*) de magistrados (fasti).

 

Este fresco representa a única evidência conhecida do calendário lunar de Numa. 

 

Esta divisão do tempo foi lendariamente atribuída a Romulus e ao reformador Numa Pompilius, que  fixou o calendário que se manteve em uso até à reforma de César, o qual implantou o calendário solar em 46 AC.

 

As sucessivas correcções introduzidas por Augustis (12 AC) foram bastante limitadas, cingindo-se a diversas correcções de erros de cálculo, relativos ao comprimento do ano solar.

 

O antigo calendário lunar considerava o ano composto por doze meses, mais um mês intercalar. Os meses tinham 29 dias, excepto Março, Maio, Julho e Outubro, que duravam 31 dias e Fevereiro com 28 dias.

 

A contagem dos dias era executada com base na chegada de Kalendas (Kalendae), o inicio da fase lunar e o primeiro dia do mês, as Nonas ( Nonae), o primeiro quarto crescente da lua e o quinto ou o sétimo dia, os Idos (Idus ou Eidus), a lua cheia e o décimo terceiro ou  décimo quinto dia, com base no número de dias do mês. Em Janeiro, Fevereiro, Abril, Junho, Agosto, Setembro e Dezembro os primeiros (NON) estão fixados em 5 e os segundos (EID) correspondem a 13. Em Março, Maio, Julho e Outubro, os primeiros (NON) correspondem a 7 e os segundos (EID) a 15. Assim César foi assassinado no dia dos ides de Março, ou seja, a 15 de Março de 44.

 

A representação do calendário, de Anzio, está organizada em colunas que correspondem a meses, citados de forma abreviada na parte superior.  

 

No texto, estão seguidas as letras de “A” a “H”, para marcar os oito dias da semana  (nundinae – dias de mercado) umas a seguir às outras verticalmente, seguidas da indicação tipológica dos dias (notae dierum)

 

F(asti), dias em que as actividades civis eram permitidas (dias úteis); N(efasti), os dias em que eram proibidas as actividades civis;  C(omitiales) em que era possível reunir a assembleia (comitia); En(dotercisi) dias fasti apenas durante o período de meio do dia. Em contrapartida, nos dias fasti (F), em número de 235 por ano, 192 dias eram reservados ao exercício de actividades políticas (C), dias de comitiales.

 

Uma centena de dias por ano eram dedicados aos deuses, os quais eram qualificados de nefastos (N); uns sessenta destes eram festas públicas (NP).Durante os dias nefastos os homens deveriam dedicar-se a celebrações religiosas.

 

Em seguida, encontra-se a indicação dos festivais religiosos e festas sagradas nas colunas centrais.

 

A fundação de Roma, Roma cond(ita), 21 de Abril, e a Alliens(si) die(s), o dia da grande derrota dos Romanos às mãos dos Gauleses de Breno, em 390 AC, junto ao rio Allia (hoje Toscana).

 

A lado do calendário, o fresco apresenta pintada uma lista , subdividia em três colunas, de epónimos de magistrados: cônsules, que deram o seu nome aos anos e os censores.

 

Por cada ano de exercício de consulado e em caso de substituição, também o cônsul substituto (suffectus) estão indicados. Em cada intervalo de cinco anos (lustrum), o censor está inscrito a encarnado. O restante fresco cobre os magistrados desde o ano entre 164 e 84 AC com lacunas de diversa dimensão.

 

No séc. XVI, foi encontrado um calendário quase completo (ILS, 7844), que descrevemos em parte: 

 

Parte de calendário (ILS, 7844)

A

K IAN

F

B

F

 

C

C

 

D

C

 

E

NON

F

F

F

 

G

C

 

H

C

 

...

...

 

H

K FEB

N

A

N

 

B

N

 

 

O calendário religioso agrário

 

Aos calendários civis sobrepunham-se os calendários religiosos, constituídos por festas de tradição muito antiga e que se encontravam difundidos entre vários círculos sociais.  

Ligados à vida cívica e militar, encontram-se algumas festas relacionadas com o culto dos mortos e ligadas à vida agrária, festas relativas aos trabalhos nos campos e que lembravam directamente as colheitas.

 

O calendário de Pinicianum (CLI, I, p.249) fornece informação sobre algumas festas no final do mês de Julho: 

 

C

C(omitialis)

Ludi Concor(diae)

D

Nep(tunali), n(efastus)

Ludi, fer(iae) Nept(no)

E

N(efasus)

Ludi

F

Fur(rinalia), n(efastus)

Ludi, fer(iae) Fur(rinae)

G

C(omitialis)

Ludi

H

C(omitialis)

Ludi in circo

A

C(omitialis)

Ludi in circo

B

C(omitialis)

Ludi in circo

C

C(omitialis)

Ludi in circo, Fort(unae) huiusque diei

D

C(omitialis)

(Dies) XXXI

 

Para este período do ano, a principal preocupação nas zonas agrícolas era a água. A água canalizada era celebrada através dos deuses Neptunalia, as águas por captar através dos deuses Furrinalia que se encontravam junto dos poços.  Os dias seguintes estão consagrados à actividade política.

 

(*) epónimos

 

Irmão do sinónimo e do antónimo, o termo epónimo designa, em geral, todo o vocábulo que nasceu a partir do nome próprio de algum personagem real ou fictício. Poderíamos chamar de epónimos vocábulos como darwinismo, freudiano, shakespeareano, que derivam do nome de autores famosos; são incontáveis também os epónimos científicos, pois centenas de pesquisadores deixaram sua marca no vocabulário médico (mal de Parkinson, trompa de Falópio, síndrome de Down).

 

 

 

CALENDÁRIO ROMANO

 

Na antiga Roma, no primeiro dia dos meses, Kalendae,  os sacerdotes anunciavam ao povo as datas importantes do mês.

 

De Kalendae deriva o termo “calendário” (inglês calendar, francês calendrier, espanhol calendario).

 

Da reforma do calendário de Júlio César deriva a estrutura do calendário utilizado no Ocidente e na maior parte dos países do mundo. 

 

A estrutura do calendário romano

 

Os anos

 

Os romanos usavam originalmente um calendário lunar, em que os meses correspondiam à lunarização.

 

A calenda correspondia à lua nova e o ide à lua cheia. A nona era uma data intermédia entre a calenda e o ide e era o nono dia antes do ide. 

 

Rómulo estabeleceu a divisão do ano em 10 meses, mas Numa Pompilio alterou para 12 meses para o fazer coincidir com o ano solar. Fizeram muitas tentativas para sincronizar o calendário lunar com o solar, mas no início do primeiro século a.C. o afastamento já chegava a alguns meses. 

 

Em 43 a.C. Júlio César reformou o calendário sobre uma base solar. O ano foi fixado em 365 dias e introduzido um dia bissexto com cadência quadrienal. O calendário juliano é a base do calendário que actualmente usamos.  

 

Em 1582 o papa Gregório XIII introduziu algumas correcções, pelo que o nosso calendário é chamado de gregoriano. A data de início de contagem dos anos, no calendário romano, era a data da fundação de Roma, ab Urbe condita, 735 a.C.  

 

Os meses

 

A partir de Numa Pompilia os meses passaram a 12 por ano. Ele acrescentou Janeiro e Fevereiro. 

 

Português 

Latim

Janeiro

Januarius

Fevereiro

Februarius

Março

Martius

Abril

Aprilis

Maio

Maius

Junho

Iunius

Julho

Quintilis / Iulius

Agosto

Sextilis  / Augustus

Setembro

September

Outubro

October

Novembro

November

Dezembro

December

   

Originalmente, o início do ano estava fixado em Março. Em 153 a.C. foi transferido para Janeiro.

 

Em 44 a.C. o Senado romano, por proposta de Marco António, trocou o nome de Quinctilis por Julius, em honra de Júlio César.

 

Em 8 d.C. o mês Sextilis passou a ser chamado de Augustus em honra de César Otaviano Augusto, que também foi alterado para mais um dia, de forma a ter o mesmo número de dias do mês de Julho, dedicado a Júlio César. 

 

As semanas

 

Os Romanos tinham inicialmente uma periodicidade semanal com base em oito dias: nundiana. O nome deriva do modo de contagem que incluía tanto o dia de partida como o dia de chegada da contagem. 

 

Foi Constantino, no século IV d.C., que introduziu a semana de sete dias, de origem oriental, fazendo um compromisso entre o mundo pagão e o mundo cristão. 

 

A duração de sete dias, correspondia ao desejo dos cristãos e oficializar a semana hebraica, em substituição da semana pagã e dos nomes pagãos. Os cristãos oficializaram o nome dos dias de acordo com a sua sequência, referindo o primeiro dia como dia do senhor e o sétimo como o dia de descanso, o sabat. 

 

Português

Latino (pagão)

Latino (critão)

Inglês

Italiano

Domingo

Solis dies

Dies dominicus

Sunday

Domenica

Segunda-feira

Lunae dies

Feria secunda

Monday

Lunedì

Terça-feira

Martis dies

Feria tertia

Tuesday

Martedì

Quarta-feira

Mercurii dies

Feria quarta

Wednesday

Mercoledì

Quinta-feira

Iovis dies

Feria quinta

Thursday

Giovedì

Sexta-feira

Veneris dies

Feria sexta

Friday

Venerdì

Sábado

Saturni dies

Sabbatum

Saturday

Sabato

  

Os dias

 

Os romanos contavam os dias, não em referência ao mês , mas em referência as calendas, as nonas e aos ides. Contavam quantos dias faltava para a solenidade seguinte, tendo em conta o próprio dia e o dia de chegada. 

 

Em vez de dizer “12 de Março” diziam “ faltam quatro dias para os ides de Março”. Este tipo de contagem derivava do calendário lunar onde, em que era mais fácil dizer quantos dias faltavam pata a lua cheia, do que dizer quantos dias tinham passado desde a última lua cheia.

 

A qualidade dos dias

 

Os Romanos qualificavam os dias de acordo com a actividade religiosa ou civil que era suposto ter. 

 

Tipo

Significado

Observação

F

Dies fastus

Dias em que as acções legais eram permitidas

N

Dies nefastus

Dias em que as acções legais não eram permitidas

EN

Dies intercisus, endotercisus

Dias nefasti no início e ao fim, mas fasti no meio

C

Dies comitialis

Dias de comparência nas comissões e assembleias públicas

NP

 

Festas religiosas públicas

FP

 

Festas religiosas públicas

 

As horas

 

Para os Romanos os dias começavam com o nascer do sol. O período de trabalho estava dividido em 12 horas (horae). A duração de cada hora era variável, dependendo do tempo efectivo de luz. Nos equinócios a hora era quase equivalente às nossas horas, nos solícitos a duração de uma hora era muito variável.  

 

O ponto médio do dia de trabalho era a hora sexta, (o meio-dia) meridies. 

 

Na vida militar a noite era dividida em quatro vigiliae, ou seja turnos de guarda com um valor médio de 3 horas. Na vida civil usava-se um tempo mais genérico para caracterizar as horas nocturnas.  

 

Português

Latim

Da meia-noite às 3

tertia vigilia

Das 3 às 6

quarta vigilia

Das 6 às 7

hora prima

Das 7 às 8

hora secunda

Das 8 às 9

hora tertia

Das 9 às 10

hora quarta

Das 10 às 11

hora quinta

Das 11 às 12

hora sexta

Das 12 às 13

hora septima

Das 13 às 14

hora octava

Das 14 às 15

hora nona

Das 15 às 16

hora decima

Das 16 às 17

hora undecima

Das 17 às 18

hora duodecima

Das 18 às 21

prima vigilia

Das 21 à meia-noite

secunda vigilia

 

 

CALENDÁRIO ROMANO PERPÉTUO

 

Com esta tabela é possível recriar o nome de qualquer dia.

  

 

MARTIUS
MAIUS
IULIUS
OCTOBER

IANUARIUS
AUGUSTUS
DECEMBER

APRILIS
IUNIUS
SEPTEMBER
NOVEMBER

FEBRUARIUS

FEBRUARIUS
(annus intercalarius)

 

1

Kalendis Martiis, Maiis, Iuliis, Octobribus

Kalendis Ianuariis, Augustis, Decembribus

Kalendis Aprilibus, Iuniis, Septembribus, Novembribus

Kalendis Februariis

Kalendis Februariis

1

2

ante diem sextum Nonas Martias, Maias, Iulias, Octobres

ante diem quartum Nonas Ianuarias, Augustas, Decembres

ante diem quartum Nonas Apriles, Iunias, Septembres, Novembres

ante diem quartum Nonas Februarias

ante diem quartum Nonas Februarias

2

3

ante diem quintum Nonas ...

ante diem tertium Nonas ...

ante diem tertium Nonas ...

ante diem tertium Nonas ...

ante diem tertium Nonas ...

3

4

ante diem quartum Nonas ...

pridie Nonas ...

pridie Nonas ...

pridie Nonas ...

pridie Nonas ...

4

5

ante diem tertium Nonas ...

Nonis Ianuariis, Augustis, Decembribus

Nonis Aprilibus, Iuniis, Septembribus, Novembribus

Nonis Februariis

Nonis Februariis

5

6

pridie Nonas ...

ante diem octavum Idus Ianuarias, Augustas, Decembres

ante diem octavum Idus Apriles, Iunias, Septembres, Novembres

ante diem octavum Idus Februarias

ante diem octavum Idus Februarias

6

7

Nonis Martiis, Maiis, Iuliis, Octobribus

ante diem septimum Idus ...

ante diem septimum Idus ...

ante diem septimum Idus ...

ante diem septimum Idus ...

7

8

ante diem octavum Idus Martias, Maias, Iulias, Octobres

ante diem sextum Idus ...

ante diem sextum Idus ...

ante diem sextum Idus ...

ante diem sextum Idus ...

8

9

ante diem septimum Idus ...

ante diem quintum Idus ...

ante diem quintum Idus ...

ante diem quintum Idus ...

ante diem quintum Idus ...

9

10

ante diem sextum Idus ...

ante diem quartum Idus ...

ante diem quartum Idus ...

ante diem quartum Idus ...

ante diem quartum Idus ...

10

11

ante diem quintum Idus ...

ante diem tertium Idus ...

ante diem tertium Idus ...

ante diem tertium Idus ...

ante diem tertium Idus ...

11

12

ante diem quartum Idus ...

pridie Idus ...

pridie Idus ...

pridie Idus ...

pridie Idus ...

12

13

ante diem tertium Idus ...

Idibus Ianuariis, Augustis, Decembribus

Idibus Aprilibus, Iuniis, Septembribus, Novembribus

Idibus Februariis

Idibus Februariis

13

14

pridie Idus ...

ante diem undevicesimum Kalendas Februarias, Septembres, Ianuarias

ante diem duodevicesimum Kalendas Maias, Iulias, Octobres, Decembres

ante diem sextum Kalendas Martias

ante diem sextum Kalendas Martias

14

15

Idibus Martiis, Maiis, Iuliis, Octobribus

ante diem duodevicesimum Kalendas ...

ante diem septimum decimum Kalendas ...

ante diem quintum decimum Kalendas ...

ante diem quintum decimum Kalendas ...

15

16

ante diem septimum decimum Kalendas Apriles, Iunias, Augustas, Novembres

ante diem septimum decimum Kalendas ...

ante diem sextum decimum Kalendas ...

ante diem quartum decimum Kalendas ...

ante diem quartum decimum Kalendas ...

16

17

ante diem sextum decimum Kalendas ...

ante diem sextum decimum Kalendas ...

ante diem quintum decimum Kalendas ...

ante diem tertium decimum Kalendas ...

ante diem tertium decimum Kalendas ...

17

18

ante diem quintum decimum Kalendas ...

ante diem quintum decimum Kalendas ...

ante diem quartum decimum Kalendas ...

ante diem duodecimum Kalendas ...

ante diem duodecimum Kalendas ...

18

19

ante diem quartum decimum Kalendas ...

ante diem quartum decimum Kalendas ...

ante diem tertium decimum Kalendas ...

ante diem undecimum Kalendas ...

ante diem undecimum Kalendas ...

19

20

ante diem tertium decimum Kalendas ...

ante diem tertium decimum Kalendas ...

ante diem duodecimum Kalendas ...

ante diem decimum Kalendas ...

ante diem decimum Kalendas ...

20

21

ante diem duodecimum Kalendas ...

ante diem duodecimum Kalendas ...

ante diem undecimum Kalendas ...

ante diem nonum Kalendas ...

ante diem nonum Kalendas ...

21

22

ante diem undecimum Kalendas ...

ante diem undecimum Kalendas ...

ante diem decimum Kalendas ...

ante diem octavum Kalendas ...

ante diem octavum Kalendas ...

22

23

ante diem decimum Kalendas ...

ante diem decimum Kalendas ...

ante diem nonum Kalendas ...

ante diem septimum Kalendas ...

ante diem septimum Kalendas ...

23

24

ante diem nonum Kalendas ...

ante diem nonum Kalendas ...

ante diem octavum Kalendas ...

ante diem sextum Kalendas ...

ante diem sextum Kalendas ...

24

25

ante diem octavum Kalendas ...

ante diem octavum Kalendas ...

ante diem septimum Kalendas ...

ante diem quintum Kalendas ...

ante diem bis sextum Kalendas ...

25

26

ante diem septimum Kalendas ...

ante diem septimum Kalendas ...

ante diem sextum Kalendas ...

ante diem quartum Kalendas ...

ante diem quintum Kalendas ...

26

27

ante diem sextum Kalendas ...

ante diem sextum Kalendas ...

ante diem quintum Kalendas ...

ante diem tertium Kalendas ...

ante diem quartum Kalendas ...

27

28

ante diem quintum Kalendas ...

ante diem quintum Kalendas ...

ante diem quartum Kalendas ...

pridie Kalendas ...

ante diem tertium Kalendas ...

28

29

ante diem quartum Kalendas ...

ante diem quartum Kalendas ...

ante diem tertium Kalendas ...

 

pridie Kalendas ...

29

30

ante diem tertium Kalendas ...

ante diem tertium Kalendas ...

pridie Kalendas ...

 

 

30

31

pridie Kalendas ...

pridie Kalendas ...

 

 

 

31

 

MARTIUS
MAIUS
IULIUS
OCTOBER

IANUARIUS
AUGUSTUS
DECEMBER

APRILIS
IUNIUS
SEPTEMBER
NOVEMBER

FEBRUARIUS

FEBRUARIUS
(annus intercalarius)

 

  

 

 

Bibliografia: 

 

 

Enciclopedia dei miti

Garzanti

 

Enciclopedia dell'Antichità Classica

Garzanti

Champeaux J.

La religione dei Romani

Il Mulino

Del Ponte

La religione dei Romani

Rusconi

Dumézil G.

La religione romana arcaica

Rizzoli

Eliade M.

Trattato di storia delle religioni

Einaudi

Eliade M.

Storia delle credenze e delle idee religiose

Sansoni

Ferguson J.

Le religioni dell'Impero romano

Laterza

Filoramo G.

Storia delle religioni

Laterza

Grant M.

Gli imperatori romani

Newton

Le Bohec Y.

L'esercito romano

Carocci

Macrobio

Saturnalia

 

Ovidio

I Fasti

Rizzoli

 

 

 

 

 

 

 

Cronologia do séc. I ao IV

 

Para identificar datas, utiliza-se os nomes dos imperadores e os títulos descritos nas inscrições. O consolado dá uma ideia da data, já que não é algo que acontecia anualmente, coisa que o poder tribunício já permite. O título de Grande Pontífice e de Pai da Pátria, também contribuem para essa datação.

 

Com Diocleciano, 248-305, aparece um novo conjunto de referências. Com Constantino, o imperador cristão, também apresenta uma remodelação no significado dos próprios títulos.

 

A escolha dos títulos indicados na tabela, tiveram em atenção o fundo pedagógico deste instrumento de trabalho.

 

Os Júlio-Cláudios (27 aC - 68 dC)

 

Augusto (27 aC - 14 dC) 

Nascido com o nome de Caius Octavius, depois de adoptado passou a chamar-se Caius Julius Caesar Octavianus e a partir de 40 aC passou a chamar-se Imperator Caesar, divi filius (de Júlio César). Em 27 aC passou a chamar-se Imperator Caesar, divi filius, Augustus.

 

Cônsul cada ano, entre 27 e 23 aC, de VII a XI. Cônsul XII, em 5 aC. e cônsul XIII em 2 aC. O Poder tribunício em 1 Janeiro de 23 aC, renovado cada ano em 1 de Janeiro. Designado Grande Pontífice a 6 de Março de 12 aC e Pai da Pátria a 5 de Fevereiro de 2 aC.    

 

Tibério (14-37)

 

Tiberius Claudius Tiberii filius Nero, foi adoptado por Augusto (depois da morte dos outros filhos adotivos) em 4 aC. Recebeu  o nome de Tiberius Caesar Augusto em 14 dC.

 

Cônsul III em 18 dC. Cônsul IV em 21 dC durante três meses e cônsul V em 31 dC, nos idos de Maio. Recebeu o poder tribunício de I a V, entre 6 aC e 2 aC, de VI a XXXVIII de 4 dC, anualmente até à sua morte. Em 15 dC recebe a designação de Grande Pontífice. 

 

Calígula (37-41)

 

Caius Julius Caesar torna-se, em 18 de Março de 37, Caius Caesar Augusto Germanicus, mais comummente designado como Caius. Calígula era uma alcunha.

 

Cônsul em 37 durante dois meses, depois das calendas de Julho. Cônsul II em 39 durante 30 dias, cônsul III em 40 durante alguns dias, cônsul IV em 41 durante alguns dias. Recebeu o poder tribunício I em 18 de Março 37 e renovava naquela data todos os anos. Grande Pontífice em 37 e Pai da Pátria em Setembro de 37 ou início de 38.

 

Cláudio (41-54)

 

Tiberius Claudius Nero Germanicis, tomou o nome de Tiberius Claudius Caesar Augusto Germanicus, em 24 de Janeiro de 41, tomando o nome de Imperador Tiberius Claudius em ocasiões raras.

 

Cônsul II em 42, cônsul III em 43, cônsul IV em 47 e cônsul V em 51. Tomou o poder tribunício em 23 de Janeiro de 41, renovado anualmente. Grande Pontífice em 41 e Pai da Pátria em 42. Censor entre 42 e 48.

 

Nero (54-68)

 

Lucius Domitius Ahenobarbus foi adoptado por Cláudio e tomou o nome de Tiberius Claudius Drusus Germanicus Caesar. Quando imperador tomou o nome de Nero Claudius Caesar Augusto Germanicus, com genealogia de divi Claudii filius, Germanici Caesar nepos, Tiberii Caesaris Augusti pronepos, divi Augusti abnepos.

 

Cônsul I em 55, cônsul II em 57, cônsul III em 58, cônsul IV em 60 e cônsul V em 68. Tomou o poder tribunício em 4 de Dezembro de 54 ou 12 de Outubro de 55. Ele renovava este poder a 13 de Outubro de cada ano. Grande Pontífice em 55 e Pai da Pátria em 55 ou início de 56.

 

Os imperadores dos anos 68-69

 

Galba (9 Junho 68 - 15 Janeiro 69)

 

Lucius Liuius Ocella Seruius Sulpicius Galba, senador, tornou-se imperador com o nome Imperator Seruius Sulpicius Galba Caeser Augustus, ou então, Seruius Galba Imperator Caeser Augustus.

 

Cônsul II em 69.

 

Otão (15 Janeiro 69 - 25 Abril 69)

 

Marus Saluius Otho, senador, tomou o nome Imperator Marcus Otho Caeser Augustus.

Cônsul em 69.

 

Vitélio (2 Janeiro 69 - 20 Dezembro 69)

 

Aulus Vitellius, senador, tomou o nome Imperator Aulus Vitellius Caeser, ou então, Aulus Vitellius Imperator Germanicus.

Cônsul em 69.

 

Os Flavianos (69 - 96)

 

Vespasiano ( 1 Julho 69 - 79)

 

Titus Flavius Vespasianus, senador, tomou o nome de Imperator Caeser Vespasianus Augustus.

 

Cônsul todos os anos, menos em 73.  Tomou o poder tribunício de I a X, em 1 de Julho, renovado todos os anos nesta data. Censor em 73-74, Gransde Pontífice em 70 e Pai de Pátria em Dezembro de 69, título que começou a usar a partir de 71.

 

Tito ( 79 - 81)

 

Com o mesmo nome do pai, Titus Flavius Vespasianus, tomou o nome de Imperator Titus Caeser Vespasianus Augusto.

 

Cônsul VII em 79, Cônsul VIII em 80. Tomou o poder tribunício desde 71, de I a XI renovou todos os anos a 1 de Julho.

 

Domiciano (81 - 96)

 

Titus Flavius Domitianus tornou-se Imperator Caeser Domitianus Augusto, e em 83 adicionou Germanicus.

 

Cônsul VIII em 82, renova todos os anos até 90. Cônsul XVI em 92, Cônsul XVII em 95. Tomou o poder tribunício em 1 de Setembro de 81, em Julho de 82 de II a XVI, renovado todos os anos a 1 de Julho. Censor perpétuo em Setembro de 85, Grande Pontífice em 82 e Pai da Pátria em 82.

 

Os Antoninos (96 - 192)

 

Nerva (96 - 98)

 

O senador Marcus Cocceius Nerva tornou-se Imperator Nerva Caesar Augusto Germanicus em 97.

 

Cônsul III em 97, Cônsul IV em 98. Tomou o poder tribunício I  em 18 de Setembro 96, o II em Setembro de 97 e o III em 10 de Dezembro de 97. Grande Pontífice em 96 e Pai de Pátria em 96.

 

Trajano (98 - 117)

 

O senador Marcus Ulpius Trajanus tornou-se Imperator Caesar Nerva Trajanus Augustus, Germanicus no final do ano de 97, Dacicus em 102, Optimus em 114 e Parthicus em 116.

 

Cônsul II em 98, Cônsul III em 100, Cônsul IV em 101, Cônsul V em 103 e Cônsul VI em 112. Tomou o poder Tribunício em 27 de Outubro de 97, II em Outubro de 98, II em 27 de Outubro de 99, IV em 10 de Dezembro de 99 e renovou de seguida entre V e XXI a 10 de Dezembro. Grande Pontífice em 98 e Pai da Pátria em 98.

 

Adriano (117 - 138)

 

O senador Publius Aelius Hadrianus, tomou o nome de Imperator Caesar Trajanus Hadrianus Augustus. Apresenta genealogia a remontar a Nerva.

 

Cônsul II em 118, Cônsul III em 119, tomou o poder tribunício I a 11 de Agosto de 117 e a II a 10 de Dezembro de 117, renovando anualmente nesta data entre a III e XXII. Grande Pontifíce em 117, Pai da Pátria em 128, mas este título já se encontra descrito em epigrafes anteriores a esta data.

 

Antonino Pio (138-161)

 

Titus Aurelius Fuluus Boionius Arrius Antoninus é um filho adoptivo de Adriano. Altera o seu nome para Titus Aelius Caesar Antoninus Pius e torna-se Imperator Caesar Titus Aelius Hadrianus Antoninus Augustus Pius, com genealogia que remonta a Nerva.

 

Cônsul II em 139, Cônsul III em 140 e Cônsul IV em 145. Tomou o poder tribunício I em 25 de Fevereiro de 138 e da II ao XXIV renovou todos os 10 de Dezembro. Grande Pontífice em 138 e Pai da Pátria em 138.

 

Marco Aurélio (161 - 169)

 

Marcus Annius Catilius Severus é adoptado e passa a chamar-se Marcus Aelius Aurelius Verus Caesar, quando imperador tomou o nome de Imperator Caesar Aurelius Antoninus Augustus, Armeniacus em 164, Parthicus Maximus em 166, Medicus em 166,Germanicus em 172, Sarmaticus em 175. Com genealogia até Nerva.

 

Cônsul III em 161, tomou o poder tribunício I em 147 até 9 de Dezembro de 147 e entre II e XXIV renovou anualmente em 10 de Dezembre. Grande Pontífice em 161 e Pai da Pátria em 166.

 

Lúcio Vero (161 - 169)

 

Lucius Ceionius Commodus Verus após a adopção por Adriano, Lucius Ceionius Aelius Aurelius Commodus Verus, e após a adopção por Antonino Pio, Lucius Aelius Aurelius Verus, Augustus posteriormente, Armeniacus em 163, Parthicus Maximus em 165, Medicus em 166, com genealogia até Nerva.

 

Cônsul II em 161, Cônsul III em 167. Tomou o poder tribunício I em 7 de Março de 161, II em 10 de Dezembro de 161 e seguintes até IX, cada 10 de Dezembro. Pai da Pátria em 166.

 

Cómodo (180 - 192)

 

Imperator Caesar Lucius Aelius Aurelius Commodus Augustus em 177, em associação com seu pai, tornou-se imperador em 180 com o nome Imperator Caesar MArcus Aurelius Germanicus em 172, Sarmaticus MAximus em 175, Armeniacus Mecicus, Parthicus em 182 ou 183, Pius em 183, Britannicus Maximus em 184, Felix em 185, com genealogia até Nerva.

 

Cônsul III em 181, Cônsul IV em 183, Cônsul V em 186, Cônsul VI em 190, Cônsul VII em 192. Tomou o poder tribunício I em 177, II a XVII renovou a 10 de Dezembro de cada ano. Grande Pontifício em 177 e Pai da Pátria em 177.

 

Os imperadores do ano 193

 

Pertinax (1 Janeiro 193 - 28 Março 193)

 

Imperador de 1 de Janeiro de 193 a 28 de Março de 193.

 

Dídio Juliano (28 Março 193 - 2 Junho 193)

 

Didius Julianus foi imperador de 28 de Março a 2 de Junho de 193.

 

Pescénio Niger (Abril 193 - Outubro 194) *proclamado pelas legiões do Oriente

 

Gaius Pescennius Niger tomou o título de imperador a partir de Abril ou Maio de 193 até Outubro de 194.

 

Os Severos (193 - 235)

 

Septímio Severo (193 - 211)

 

Lucius Septimius Severus, senador, em 193 torna-se Imperator Caeser Lucius Septimius Severus Pertinax Augustus, adiciona o nome Pius em 195, Adiabenicus em 195, Arabicus em 196, Parthicus Maximus em 198, Britannicus em 210. Com genealogia até Nerva, através de uma adopção fictícia por parte de Marco Aurélio. 

  

Cônsul II em 194, Cônsul III em 202. Tomou o poder tribunício I em 9 de Abril de 193, até 9 de Dezembro de 193, da II à XIX, renovou cada ano a 10 de Dezembro. Grande Pontífice em 193, Pai da Pátria em 194.

 

Clódio Albino (196-197) *fim da Guerra Civil

 

César em 193.Imperador de 195 até 19 de Fevereiro 197.

 

Caracala (192 - 217)

 

Septimius Bassianus foi associado ao poder pelo seu pai em 196, com o nome de Imperator Caeser Marcus Aurelius Severus Antoninus Augustus. Caracala é uma alcunha (que não aparece descrita nos monumentos), que descreve um casaco com capucho e mangas compridas. Após a morte de seu pai em 211, adiciona o nome de Adiabenius, Parthicus Maximus, Inuictus, em 213 Germanicus e no mesmo ano Felix. A sua genealogia remonata a Nerva.

   

Cônsul I em 202, cônsul II em 205, cônsul III em 208 e cônsul IV em 213.    Tomou o poder tribunício I em 9 de Dezembro de 198, a II à XX renovada em 10 de Dezembro de cada ano. Grande Pontífice em 205, depois de já usar o título em inscrições. Pai da Pátria em 211 ( uma inscrição de 205 já indicava o título antes da atribuição).

 

Geta (209-212)

 

Publius Septimius Geta depois de 205, parece que antes desta data utilizava o nome de infância Lucius. Quando se associou ao cargo de Imperador, em 209, tomou o nome de Imperator Caeser Publius septimius Severus Geta Augustus, e ainda recebe o título de Pius no mesmo ano. Recebe o título de Britannicus em 210.

 

Tomou o poder tribunício I em 9 de Dezembro de 209, de II a IV, renovou a 10 de Dezembro. Pai da Pátria em 211.

 

Macrino (217 - 218)

 

Marcus Opelius Macrinus, foi o primeiro imperador a vir do continente africano.

 

Elagalba (218 - 222)

 

Elagabalus, ou Heliobabal, é um cognome. Helios é o sol, gabalus é um insulto que significa "malvado, facínora". Varius Avitus tomou o nome de Imperator Caeser Marcus Aurelius Antoninus Pius Felix Augustus. 

 

   Cônsul em 218, Cônsul II em 219, Cônsul III em 220 e Cônsul IV em 222. Tomou  o poder tribunício I em 16 de Maio de 218  ou 9 de Dezembro de 218, II a IV, renovou a 10 de Dezembro. Grande Pontífice em 218, Pai da Pátria em 218. 

 

Severo Alexandre ( 222-235)

   

Alexianus Bassianus tornou-se o Imperator Caeser Marcus Aurelius Severus Alexandrus Pius Felix Augustus, tomou o título de Percicus Maximus provavelmente em 233. A sua genealogia era descrita até Septímio Severo.

   

Cônsul em 222, Cônsul II em 226, Cônsul III em 229. Tomou o poder tribunício I em 14 de Março de 222 ou 9 de Dezembro de 222, II a XIV, revovou a 10 de Dezembro. Grande Pontífice em 222 e Pai da Pátria em 222. 

 

Os imperadores dos anos 235 - 268

 

Maximino (235 - 238)

    

De sobrenome Trácio. Imperator Caeser Cauis Julius Verus Maximus Pius Felix Invictus Augustus, Germanicus Maximus em 236, Sarmaticus Maximus, Dacicus Maximus em 237.

   

Cônsul em 236. Tomou o poder tribunício I em 25 Março ou 9 de Dezembro de 235, II a IV renovou a 10 de Dezembro. Grande Pontífice em 235 e Pai da Pátria em 235.

Foi o primeiro imperador "barbaro" e o primeiro que nunca esteve em Roma. Iniciou a lista de "Imperadores de Caserna" do 3º século e o seu governo é considerado o início da crise do terceiro século. 

 

Gordiano I e Gordiano II (238)

 

Os seu reinos duraram 22 dias durante o mês de Janeiro de 238.

 

Balbino (238)

   

Decimus Caelius Calvinus Balbinus, subiu ao poder em conjunto com Pupieno, por indicação do Senado, durante a confusão que se seguiu à queda dos imperadores Gordianus I e Gordianus II em África, e enquanto Maximino I marchava em direcção a Roma. Foi assassinado pela Guarda Pretoriana, juntamente com Pupieno, após 99 dias de governo.

 

Pupieno (238)

   

Marcus Clodius Pupienus Maximus, foi assassinado pela Guarda Pretoriana 99 dias após ter tomado o pode. Governou em conjunto com Balbino.

 

Gordiano III (238 - 244)

 

Imperator Caeser Marcus Antonius Gordianus Pius Felix Augustus. Cônsul em 239. Cônsul II em 241. Tomou o poder tribunício I em Junho ou 9 de Dezembro de 238, II a VII, renovou a 10 d Dezembro. Grande Pontífice em 238 e Pai da Pátria em 238.

 

Filipe I (244 - 249)

 

Também chamado de Filipe o Árabe. Imperator Caeser Marcus Julius Philippus Pius Felix Invictus Augustus, Persicus Maximus, Parthicus Maximus em 244, Carpicus Maximus em 247, Germanicus Maximus em 248.

 

Cônsul em 245, Cônsul II em 247 e Cônsul III em 248. Tomou o poder tribunício I em Março até 9 de Dezembro 244, II a VI, renovado a 10 de Dezembro. Grande Pontífício em 244 e Pai da Pátria em 244. 

 

Filipe II (247 - 249)

 

Tinha o mesmo nome do pai, Marcus Julius Severus Philippus (238-249). Filho de Filipe I o Árabe, tornou-se imperador em 244 quando foi nomeado Caeser. Cônsul em 247 e 248. Quando chegou a Roma a notícia que o seu pai tinha sido morto em batalha, pelo seu sucesso Decius, foi assassinado.

 

Décio (249 - 251)

 

Imperator Caeser Caius Messius Quintus Trajanus Decius Pius Felix Invictus Augustus.

  

Cônsul II em 250, Cônsul III em 251. Tomou o poder tribunício 9 de Dezembro de 249, II a IV renovou a 10 de Dezembro. Grande Pontífice em 249 e Pai da Pátria em 249. 

 

Treboniano Galo (251-253)

 

Gaius Vibius Trebonianos Galus governava a Mésia (Bulgária). Fez-se imperador em 251 com a morte de Décio ante os godos; enviou o filho Volusiano contra os godos, com algum sucesso, e teve que suportar usurpações que lhe custaram a vida em 253 e a de Volusiano.

 

Emiliano (253)

 

Marcus Aemilius Aemilianus, (Marco Emílio Emiliano), imperador romano por um breve período em 253 d.C. Originário da África, era governador da Mésia Inferior quando os godos chefiados pelo rei Cniva invadiram esta província devido à recusa de Emiliano em pagar os tributos que o imperador Treboniano Galo lhes prometera.

 

Valeriano (253 - 260)

 

Imperator Caeser Publius Licinius Valerianos Pius Felix Invictus Augustus, Germanicus Maximus em 255.

  

Cônsul II em 254, Cônsul III em 255 e Cônsul IV em 257. Tomou o poder tribunício em 1 de Setembro até 9 de dezembro de 253, II a VIII, renovou a 10 de Dezembro. Grande Pontífice em 253 e Pai da Pátria em 253.

 

Galieno (253 - 268)

 

Imperator Caeser Publius Licinius Egnatius Gallienus Pius Felix Invictus Augustus, Dacius Maximus e Germanicus Maximus em 255, Percicus Maximus em 263, Parthicus Maximus em 264.

   

Cônsul em 254, Cônsul II em 255, Cônsul III em 257, Cônsul IV em 261, Cônsul V em 262, Cônsul VI em 264 e Cônsul VII em 266. Tomou o poder tribunício I em Setembro até 9 de Dezembro de 253, II a XVI renovado a cada 10 de Dezembro. Grande Pontífice em 253 e Pai da Pátria em 253. 

 

Os imperadores Ilírios (268 - 284)

 

Cláudio II (268 - 270)

 

Imperator Caeser Marcus Aurelius Claudius Pius Felix Invictus Augustus, Germanicus MAximus, Gothicus Maximus, Parthius Maximus.

   

Cônsul em 269. Tomou o poder tribunício I em 9 de Dezembro 268, II a III renovado a 10 de Dezembro.  Grande Pontífice em 269 e Pai da Pátria em 269. Após a sua morte, devido a uma peste, o Senado proclamou-o Divus Claudius Gothicus.

 

Quintilo (270)

   

Imperator (Caeser?) Marcus Aurelius Claudius Quintillus (Pius Felix Invictus Augustus?). Era irmão do imperador Claudius II e autoproclamou-se imperador, sendo posteriormente ratificado pelo Senado. O exercito que acompanhava o irmão na campanha do Danúbio não apoiou Quintillus  e proclamou Aureliano como imperador. A "História Augusta" indica que Aureliano foi nomeado por Claudius II no leito de morte.   

 

Aureliano (270 - 275)

 

Imperator Caeser Lucius Domitius Aurelianus Pius Felix Invictus Augustus, Germanicus Maximus, Gothicus Maximus, Carpicus Maximus, Dacicus Maximus, Aricus Maximus, Palmyrenus Maximus.

 

Cônsul em 271, Cônsul II em 274 e Cônsul III em 275. Tomou o poder tribunício I em Março de 270. Renovou de II a VI a 10 de Dezembro. Existem inscrições que mencionam um sétimo poder tribunício, mas não há explicação para tal, dado que morreu antes de 10 de Dezembro de 175. Grande Pontífice em 270 e Pai da Pátria em 270.

 

Aurelianus colocou o seu dies imperii no dia da morte de Claudius II, dado que considerava Quintilianus um usurpador. 

 

Tácito (275 - 276)

 

Imperator Caeser Marcus Claudius Tacitus Pius Felixs Invictus Augustus, Gothicus Maximus em 276.

  

Cônsul em 275, Cônsul II em 276. Tomou o poder tribunício I em 25 de Setembro de 275, II a 10 de Dezembro de 275 até à sua morte em 276. Grande Pontífice em 276 e Pai da Pátria em 276. 

 

Floriano (276)

 

Imperator Caeser Marcus Annius Florianus Pius Felix Invictus Augustus. Era meio irmão por parte da mãe de Marcus Claudius Tacitus. Foi eleito pelo exercito do Ocidente para suceder a Tacitus. O exercito do Oriente elegeu Probus. Florianus foi assassinado pelo seu próprio exercito na Batalha de Cilícia contra Probus. Reinou durante 88 dias.

 

Probo (276 - 282)

 

Imperator Caeser Marcus Aurelius Probus Pius Felix Invictus Augustus, Gothicus Maximus, Germanicus Maximus em 277.

   

Cônsul em 277, Cônsul II em 278, Cônsul III em 279, Cônsul IV em 281 e Cônsul V em 282. Tomou o poder tribunício I em 9 de Dezembro de 276, II a VII renovou a 10 de Dezembro. Grande Pontífice em 276 e Pai da Pátria em 276. 

 

Caro (282 - 283)

   

Imperator Caeser Marcus Aurelius Carus Pius Felix Invictus Augustus, Percicus Maximus, Germanicus Maximus em 283.

   

Cônsul em 282, Cônsul II em 283. Tomou o poder tribunício em 9 de Dezembro de 282, II a 10 de Dezembro de 282 até à sua morte.

 

Diocleciano  e a tetrarquia (284 - 305)

 

Diocleciano (284 - 305)

 

Imperator Caeser Caius Valerius Diocletianus Pius Felix Invictus Augustus, Britannicus Maximus e Germanicus Maximus em 285, Percicus Maximus em 288, Sarmaticus Maximus em 289, Armeniacus Maximus, Medicus Maximus, Adiabenicus Maximus e Carpicus Maximus em 297.

   

Cônsul em 284, Cônsul II em 285, Cônsul III em 288, Cônsul IV em 290, Cônsul V em 293, Cônsul VI em 297, Cônsul VII em 299, Cônsul VIII em 303 e Cônsul IX em 304. Tomou o poder tribunício I em 17 de Setembro de 284 e o II em 10 de Dezembro do mesmo ano. Renovou anualmente do II a XXII a cada 10 de Dezembro. Grande Pontífice em 285 e Pai da Pátria em 285. 

 

Maximiano (286 - 305)

 

Imperator Caeser Marcus Aurelius Valerius Maximianus Pius Felix Invictus Augustus, Britannicus Maximus e Germanicus Maximus em 285, Percicus Maximus em 288, Sarmaticus Maximus em 289, Armeniacus Maximus, Medicus Maximus, Adiabenicus Maximus e Carpicus Maximus em 297. (os mesmos sobrenomes nas mesmas datas).

  

Cônsul em 287, Cônsul II em 288, Cônsul III em 290, Cônsul IV em 293, Cônsul V em 297, Cônsul VI em 299, Cônsul VII em 303 e Cônsul VII em 304. Tomou o poder tribunício I em 1 de Abril de 285, II a XXI renovado em cada 10 de Dezembro. Grande pontífice em 288 e Pai da Pátria em 288.

 

Constâncio Cloro (305 -306)

 

Imperator Caeser Marcus Flavius Valerius Constantius Maximianus Augustus.

  

Gaius Flavius Valerius Constantius, tomou o nome de Marcus Flavius Valerius Constantius após ser adoptado e nomeado Caeser pelo imperador Maximiano. Com a abdicação de Diocleciano e Maximiano, em 305, foi proclamado Augustus tornando-se imperador do Império Romano do Ocidente em conjunto com Galério. Teve o epíteto de Chlorus (o pálido). 

   

Galério (305 - 311)

  

Imperator Caeser Caius Valerius Galerius Maximianus Augustus.

  

Foi nomeado Caeser pelo imperador Diocleciano. Com a abdicação de Diocleciano e Maximiano, em 305, foi proclamado Augustus tornando-se imperador do Império Romano do Ocidente em conjunto com Constâncio.    Recebeu ainda os títulos de Germanicus Maximus, Britannicus Maximus, Armeniacus Maximus, Persicus Maximus, Sarmaticus Maximus.

 

Os Constantinianos (306 - 364)

 

Constantino I (306 - 337)

   

Imperator Caeser Flavius Valerius Constantinus Pius Felix Invictus Augustus, Germanicus Maximus, Sarmaticus Maximus (314?), Gothicus Maximus (315), Medicus Maximus, Britannicus Maximus, Arabicus Maximus, Persicus Maximus (315), Armeniacus Maximus (318), Carpicus Maximus (319).

   

Foi nomeado Cônsul em 309(?), Cônsul II em 312, Cônsul III em 313, Cônsul IV em 315, Cônsul V em 319, Cônsul VI em 320, Cônsul VII em 326 e Cônsul VIII em 329. Tomou o poder tribunício  de I a XXXIV. Grande pontífice em 314 e Pai da Pátria em 314.

 

Maxêncio (306-312) *usurpação

 

Imperator Caeser Marcus Aurelius Valerius Maxentius Pius Felix Invictus Augustus.

   

Foi nomeado Cônsul em 308, Cônsul II em 309, Cônsul III em 310, Cônsul IV em 312. Grande pontífice em 308 e Pai da Pátria em 308.

 

Licínio (308 - 324) * imperador do Oriente

 

Imperator Caeser Valerius Licinianus Licinius Pius Felix Invictus Augustus.

   

Foi nomeado Cônsul em 311, Cônsul II em 312, Cônsul III em 313, Cônsul IV em 315, Cônsul V em 318 e Cônsul VI em 322. Grande pontífice em 309 e Pai da Pátria em 309.

 

Constantino II (337 - 340)

 

Flavius Claudius Constantinus.

   

Foi nomeado Caeser em 317, com sete anos. Em 337 tornou-se imperador juntamente com os seus dois irmãos Constâncio II e Constante. Depois da divisão do Império ficou com a administração da  Gália, Britânia e Hispânia.

 

Constante (337 - 350)

 

Flavius Julius Constans

 

Em 337 tornou-se imperador juntamente com os seus dois irmãos Constâncio II e Constantino II. Depois da divisão do Império ficou com a administração da  Itália, Ilíria e África.

 

Constâncio II  (350 - 360)

 

Flavius Julius Constancius

 

Em 337 tornou-se imperador juntamente com os seus dois irmãos Constante e Constantino II. Governou o Império Romano do Oriente em Constantinopla.

 

Juliano (360 - 363)

 

Flavius Claudius Julianus

 

Imperador Romano desde 3 de Novembro de 361, conhecido em fontes cristãs como Juliano o Apóstata, por ter renegado o cristianismo e se ter convertido ao paganismo neoplatónico. Também chamado Juliano II para se distinguir de Dídio Juniano (193). Foi nomeado Caeser em 355.   

 

Joviano (363 - 364)

 

Flavius Claudius Jovianus

   

Foi nomeado Imperador pelo exercito em 26 de Junho de 363. 

 

Os Valentinianos e Teodosianos (364 - 476)

 

Valentiniano I (364 - 375)

   

Flavius Valentinianus 

   

Foi nomeado imperador do Império Romano do Ocidente pelo exercito em 28 de Fevereiro de 364. 

 

Valente (364 - 378)

   

Flavius Julius Valens.

   

Foi nomeado por seu irmão Valentiano I, como Imperador Romano do Oriente.

 

Graciano (367 - 383)

 

Flavius Gracianus Augustus

   

Conhecido como Graciano o Jovem, para distinguir do Graciano o Velho seu pai. Foi Imperador Romano do Ocidente.

 

Valentiniano II (375 - 392)

   

Flavius Valentinianus

   

Foi Imperador Romano do Ocidente.

 

Teodósio I (379 - 395) *divisão do Império (Arcádio no Oriente e Honório no Ocidente)

   

Flavius Theodosius

   

De origem hispânica. Imperador romano do Império Romano do Oriente, entre 379-395, e também Imperador romano do Império Romano do Ocidente, entre 394-395. Foi um grande impulsionador do catolicismo como religião oficial do Estado. 

 

Arcádio (383 - 408)

   

Flavius Arcadius

   

Foi Imperador do Império Romano do Ocidente desde 395 a 408.

 

Honório (393 - 423)

  

Flavius Honorius

   

Foi declarado Augustus em 393. Foi Imperador do Império Romano do Ocidente desde 395 a 423. Data do seu reinado o saque de Roma em 24 de Agosto de 410, pelos Visigodos.  

 

Valentino III (423 - 455)

   

Flavius Placidius Valentinianus

 

Imperador Romano do Ocidente, recebeu o título de Caeser em 424 em Constantinopla  e após uma curta guerra foi instituído Augusto em Roma.

 

Petrónio (455)

   

Petronius Máximus 

   

Foi Imperador de Roma durante um curto espaço de tempo durante o ano de 455.

 

Avito (455 - 456)

 

Marcus Maecilius Flavius Eparchius Avitus

   

Foi imperador do Ocidente entre 9de Julho de 455 e 17 de Outubro de 456.

 

Maioriano (457 - 461)

   

Julius Valerius Maiorianus

   

Imperador Romano do Ocidente entre Abril de 457 e 2 de Agosto de 461.

 

Líbio Severo (461 - 465)

 

Libius Severus

   

Imperador Romano do Ocidente entre 2 de Novembro de 461 e  15 de Agosto de 465.

 

Atémio (467 - 472)

 

Procopius Antemius

  

Foi Imperador Romano do Ocidente entre 467 e 472. Coroado pelo Imperador do Oriente, terminou um largo interregno que sucedeu à morte de Líbio Severo.

 

Anicio Olibrio (472)

   

Anicius Olibrius

   

Foi Imperador Romano do Ocidente entre Abril e Novembro de 472. Morreu de morte súbita. 

 

Glicerio (473)

   

Foi coroado imperador em 5 de Março de 473.

 

Nepote (474 -476)

   

Flavius Julius Nepote

   

Foi imperador do Império Romano do Ocidente, Junho de 474 a 28 de Agosto de 475, época em que a queda do Império era iminente. Após ter sido deposto foi para o exílio em Salónica, onde veio a falecer em 480.  É considerado como o último Imperador Romano do Ocidente de jure.

 

476 - fim do Império Romano do Ocidente

 

Rómulo Augústulo, filho de Orestes, patrício que derrubou Nepote, não veio a ser reconhecido como Imperador e a administração da Itália fica sob a jurisdição do Império do Oriente.

 

 

 

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