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O Monumento aos Mortos da Grande Guerra em Lourenço Marques (Maputo)


Monumento da Grande Guerra, projecto do Escultor Rui Roque Gameiro. Representa a Pátria fortalecida pela vitória militar.


Situada na Praça dos Trabalhadores em frente à estação dos Caminhos de Ferro ergue-se uma estátua de granito em memória dos mortos da Grande Guerra.


Foi inaugurada no dia 11 de Novembro de 1935. Da autoria de Rui Roque  Gameiro, é constituída por um pesado bloco de forma cilíndrica, de pedras graníticas, com quatro magníficos relevos alusivos ao esforço e sacrifícios dos que em Moçambique morreram pela Pátria nessa guerra, como descreve Alfredo Pereira Lima, no seu livro Lourenço Marques.


Sobre o bloco superior vemos uma figura feminina que simboliza a Pátria, com escudo e gládio.


Há ainda uma tradição oral que por existir uma serpente nesta estátua refere que esta guerreira matou este réptil para defender o povo. http://viajar.sapo.mz/lista/patrimonio/maputo/artigo/2


Em Moçambique, para além do Padrão de Lourenço Marques (actualmente Maputo), existem os monumentos de Goba, Inhambane, Macequéce, Mocimboa da Praia Muecate, Namacurra, Porto Amélia, Quelimane e Tete.


Foi ainda projectado um outro monumento para a cidade da Beira (territórios de Manica e Sofala), fora do projecto da Liga dos Combatentes, mas sim por iniciativa do Governador dos Territórios.


Referência: Comissão dos Padrões da Grande Guerra, Relatório 1936, p. 202.

Links


http://memoiresdepierre.pagesperso-orange.fr/alphabetnew/r/richebourg.html

http://www.monumentos.pt

https://www.facebook.com/padroesemonumentosdaguerra

Notas


1 Sobral(2009), p. 29.

2 Rosa(2010), pp.356-357.

3 Rosa(2010), p.361


Bibliografia


Sobral, José Manuel, Maria Luísa Lima, Paulo Castro e Paulo Silveira e Sousa(2009), "A Pandemia Esquecida, Olhares comparados sobre a pneumónica 1918-1919", Lisboa, 1ª ed., Imprensa de Ciências Sociais. (ISBN:978-972-671-258-9)


Rosas, Fernando e Maria Fernanda Rolo,coordenação(2010), "História da Primeira República Portuguesa",2ªed., Lisboa, Tinta da China. (ISBN: 978-972-8955-98-4)


Em Moçambique

O Monumento aos Mortos da Grande Guerra em Mocimboa da Praia

Mausoléu em ruínas no Cemitério de Mocímboa da Praia, em Moçambique.


Foto de Manuel Roberto (2014) - Jornal Público de 25/10/2015

No blogue Lusitânia, história e militaria, de Manuel Ribeiro Rodrigues, foram publicadas duas fotos datadas de 1971, onde se identificam tropas portuguesas no cemitério de Mocimboa da Praia. Ao fundo é visível o monumento aos mortos da Grande Guerra (1914-1918). A legenda original indica a existência de campas de soldados portugueses e alemães nesse cemitério.

https://www.facebook.com/groups/115754058595158/?multi_permalinks=550412185129341¬if_t=group_highlights¬if_id=1485071020218149 (consulta em 2017/01/20)

O Monumento aos Mortos da Grande Guerra em Mecula

A informação disponível indica que o monumento terá sido construido entre 1966 e 1967, com inaugoração a 28 de Maio de 1967.


Em 2009 apresentava esta situação, já sem os simbolos cristãos e pintado com as cores nacionais moçambicanas



Fonte; http://serramecula.blogspot.pt/2010/02/historia-do-monumento-de-mecula.html (Consulta em 2017/01/20)

O Monumento aos Mortos da Grande Guerra na Ilha de Moçambique

Fonte: http://ultramar.terraweb.biz/Memoriais_concelhos_Mocambique_IlhadeMocambique.htm

O Monumento aos Mortos da Grande Guerra em Goba

Foto datada de 1935

Foto: Relatório Geral da Comissão PGG, p. 204

No artigo sobre correspondência do Depósito de Convalescentes de Goba (Moçambique), publicado no Boletim do Clube Filatélico de Portugal  DFP, n.º 453 de Setembro de 2016,  da autoria de Altino da Silva Pinto, pp. 5-10, é feita a referencia ao monumento erigido em Goba, em memória dos soldados falecidos no Depósito de Convalescentes, na Grande Guerra.


Em Goba esteve estacionado o 3º Batalhão do RI 29, em Março de 1917. Trata-se de uma localidade fronteira com a Suazilândia, a cerca de 200m acima do nível do mar e por onde passava a linha férrea que ligava aquele território ao porto de Lourenço Marques  (Maputo).


O Depósito de Convalescentes de Goba, com capacidade para 2.400 doentes e um outro depósito de convalescentes em Xefira com capacidade de 500 doentes, funcionava em articulação com o Hospital de Lourenço Marques.

     

Este monumento está referenciado no Relatório Geral da Comissão 1921-1936, Padrões da Grande Guerra, Consagração do Esforço Militar de Portugal 1914-1918, de 1936, p. 202. O monumento não se encontra datado.


O Monumento foi inaugurado a 9 de Abril de 1937 e existe a seguinte referência “Monumento de 15m de altura e foi adquirido por subscrição e concurso públicos".


Foi executado nas oficinas de canteiro de Abílio V.C. Salreu, de Lisboa. A Imagem está datada de Junho de 1937.


A 20 de Julho de 1930 foi inaugurado, em Muecate (Imala), um Padrão, de linhas simples, que comemorava os Mortos da Grande Guerra (Boletim Geral das Colónias Vol. VI, n. 66, Dez. 1930, 109-110).



O Monumento aos Mortos da Grande Guerra em Muecate

Fonte da imagem: Rufino 1929, vol. VIII.



O Fotógrafo Santos Rufino, editou em Hamburgo em 1929, uma colecção de dez álbuns fotográficos sobre a Colónia de Moçambique. Ele era proprietário de uma casa de fotografias na cidade de Moçambique.


Referências:


RUFINO, José dos Santos (1929), Álbuns Fotográficos e Descritivos da Colónia de Moçambique, 19 Vol., Hamburgo,  Broschek & Co..


VERHEIJ, Gerbert (2011), Monumentalidade e espaço público em Lourenço Marques nas décadas de 1930 e 1940: Dois casos de estudo, (Dissertação de Mestrado), Lisboa, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.




O Monumento aos Mortos da Grande Guerra em Inhambane

O Monumento aos Mortos da Grande Guerra em Nhamacurra

O Monumento aos Mortos da Grande Guerra em Quelimane

Foto do 1º Tenente Soares Perdigão, in História do Exército Português, de Ferreira Martins 1945.