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Bibliografia


ALMEIDA, Humberto de (1919), "Memórias dum Expedicionário a França, com a 2ª Brigada d'Infantaria, 1917-1918", Porto, Tipografia Sequeira


BRANCO, Pedro Soares (2015), “Uniformes do Exército Português 1913-1919,”, Porto, Fronteira do Caos Editores, Lda.



O Depósito Central de Fardamentos

A história do Depósito Central de Fardamento (DCF) remontando a 1907.  Em conjunto com a Oficina de Fardamentos, foi-se desenvolvendo pela necessidade crescente de se constituírem reservas avultadas para abastecimento das tropas.

Depósito Central de Fardamento  (Lisboa) 

Fábrica de Calçado no Edifício de Santa Engrácia (Hoje Igreja de Santa Engrácia)

O Depósito Central de Fardamentos em cumprimento do estipulado na Ordem do Exército n.16 de 1911, a mesma que estipulou o novo plano de fardamentos para a República, no Capítulo I, artigo 3º, passou a ter a responsabilidade de centralizar a aquisição das matérias-primas, ou seja, coube a responsabilidade de ao escolher as matérias-primas a empregar, definir a resistência e a durabilidade dos artigos, a elasticidade dos materiais, a resistência , o peso, o número de fios dos tecidos, a impermeabilidade dos materiais, e por último a fixidez da cor.


Ficou ainda definido que assumia a responsabilidade de definir os modelos de fardamentos a seguir por todo o Exército, modelos esses obrigatoriamente seguidos por qualquer outro centro de fabrico.


O Depósito Central de Fardamentos alargou a sua capacidade de produção em 1911, com a criação da Sucursal do Porto e a entrada em funcionamento da Fábrica de Calçado, no Edifício de Santa Engrácia, onde se laborou até 1942, ano da instalação definitiva na “Nova Fábrica”, dando origem a um Bloco Industrial situado no extremo ocidental do Campo de Santa Clara, no local da antiga Fundição de Canhões do Real Arsenal do Exército. Com a centralização da produção de fardamentos em 1942 neste local, nasceram as Oficinas Gerais de Fardamento (OGF).


Mais tarde, em 1968, por fusão das as Oficinas Gerais de Fardamento (OGF), com a Fábrica Militar de Santa Clara (FMSC), antiga Fábrica de Equipamentos e Arreios criada em 1927, tiveram origem as actuais  Oficinas Gerais de Fardamento e Equipamento (OGFE).


A 13 de Setembro de 1911 foi decretada a inserção dos serviços de produção e gestão de fardamento de Marinha, a partir do Depósito Central de Fardamentos. Assim reconhecendo as vantagens alcançadas com a implementação do DGF, em 1907, e por este se encontrar totalmente organizado e em funcionamento, encontrava-se habilitado para iniciar a produção dos fardamentos de Marinha. Foi então criado no Ministério da Marinha, subordinado à Majoria General da Armada, um depósito de fardamentos e pequeno equipamento, com a função de assessorar o DGF, naquilo que seria necessário à aquisição e fornecimento de acessórios para os praças de marinha. É de realçar que a Marinha não adjudicou a produção dos fardamentos dos oficiais junto do DCF (Diário do Governo, n.º 218, de 18 de Setembro de 1911, pág. 3902).


Comandantes do DCF durante a Grande Guerra

Coronel Henrique F. Salazar Moscoso

(1908 - 1915)

Coronel Luiz Vasconcelos Dias

(1915 - 1916)

Coronel Manuel A. Coelho Zilhão

 (1916 - 1918)

Coronel Francisco A. Silva Sampaio

(1918 - 1919)

O Incêndio no Depósito Central de Fardamentos

No dia 13 de Janeiro de 1916, deflagra um violento incêndio no Depósito Central de Fardamentos, suspeitando-se de fogo posto, que poderia resultar de uma acção anti-intervencionista.


A 13 de Abril de 1916, Ministro da Guerra Norton de Matos, Decreto 2.326, da mesma data, autorizou o Depósito Central de Fardamentos a sacar antecipadamente o duodécimo da sua dotação orçamental, relativo ao mês de Maio, dadas as circunstâncias especiais da conjuntura.


Plano de Uniformes 1913

Na sequência do decreto de 23 de Agosto de 1913, veio introduzir alterações ao plano de uniformes de 1911, que era complexo e de custo muito elevado (Branco, 2015:7).

No que se refere aos postos de praças e sargentos, os distintivos de posto eram compostos por divisas em vermelho, sobre fundo azu. escuro. Artigo 23º - Os primeiros sargentos terão como distintivo quatro divisas, os segundos sargentos três, os primeiros cabos duas e os segundos cabos uma (Branco, 2015, 37).

PRAÇAS

UNIFORME DE SERVIÇO (nas passadeiras)

SEGUNDO-CABO: Uma divisa de lã vermelha com 1,2cm de largura.


PRAÇAS

UNIFORME DE SERVIÇO (nas passadeiras)

PRIMEIRO-CABO: Duas divisas de lã vermelha com 1,2 cm, distanciadas entre si 4mm.

SARGENTOS

UNIFORME DE SERVIÇO (nas passadeiras)

SEGUNDO-SARGENTO: Três divisas de seda vermelha com 1,2cm de largura, cada.


SARGENTOS

UNIFORME DE SERVIÇO (nas passadeiras)

PRIMEIRO-SARGENTO: Quatro divisas de seda vermelha com 1,2cm de largura, cada.