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CEL - Forte de Almada (Almada)


Bibliografia


Carrolo, Mariana Correia (2014), “Monsanto: de forte Marquês Sá da Bandeira a estabelecimento prisional, leituras de um edifício discreto da modernidade lisboeta”, Revista de História da Arte n. 11 – 2014, pp. 237-51.


Operacional: defesa, forças armadas e de segurança - O Forte de Almada


Arca de Darwin - Os Fortes Abandonados da Trafaria (Almada)


OLIRAF - Projecto Fotográfico


Fortalezas.org

O Forte de Almada tem raízes bem longínquas, na fundação da nacionalidade. Encontra-se edificado sobre o antigo Castelo de Almada, conquistado aos mouros. Foi danificado quando do terramoto de 1 de Novembro de 1755, tendo os seus reparos se iniciado por volta de 1760, quando assumiu a actual configuração.

Em 1825, depois das Guerras Napoleónicas foi desactivado.


Voltou a ser guarnecido e artilhado em 1831, no contexto da Guerra Civil Portuguesa (1828-1834).  Foi objecto de reparos durante os anos de 1865 e 1866, no contexto do plano de defesa de Lisboa e do porto, do Marquês de Sá da Bandeira, na construção do Recinto de Segurança Sul, onde o Forte de Almada passou a ter a função de praça de principal coordenação das diversas baterias da linha de defesa na margem sul do Tejo.


Com duas peças Krupp 105mm e respectivos paióis, abrigos subterrâneos, trincheiras, tudo em razoável estado de conservação, bem assim como o posto de comando de tiro e postos de observação.

Protegido pela falésia do lado do rio, para a cidade de Almada apresenta muralhas, fossos e postos de tiro protegidos preparado para combater com armas ligeiras e metralhadoras. As peças de 105mm cobriam o rio e a sua margem direita.


Quando da proclamação da República no país (5 de Outubro de 1910), foi ocupado por populares, sem resistência pela sua guarnição. À época do surto de Gripe Pneumónica em Portugal (1918), as dependências do castelo serviram como hospital improvisado.


Com a perda de sua função defensiva viu a sua guarnição ser reduzida e o comando entregue a oficiais reformados, acabando por ser classificado como o forte n.º 1 de 2.ª linha.


Elevador manual de munições

Posto de Comando

Peça da esquerda

Peça da direita

Vista do Forte de Almada da margem norte (Lisboa)

Localização das peças (círculos) e do PC (rectangulo)

Localização do Forte de Almada (círculo vermelho)

Forte de Santa Luzia (Cacilhas)

No que se refere ao Forte de Cacilhas, chamado Forte de Santa Luzia, esteve artilhado em 1711 e assim permaneceu até 1833, tendo sido desarmado desde essa data até 1873.

Durante as lutas liberais, disparou sobre forças miguelistas em fuga para Lisboa, após ocupação pelos liberais.  Tinha uma muralha robusta onde se abrem seis canhoneiras, mas este núcleo de artilharia foi demolido em 1896, não tendo sido integrado no CEL. A sua planta era de forma trapezoidal e uma das faces, a do lado Oeste, encostra-se o edifício que serve actualmente de posto à GNR. Hoje ainda são visíveis os dois torreões do forte.