Regimento de Infantaria 5 - Lisboa
O Batalhão de Infantaria 5 encontrava-se de reserva, na Linha das Aldeias a 9 de Abril, com o posto de comando em Pont dum Hem, sector de Neuve Chapelle. Era seu comandante a 9 de Abril de 1918 o Major Mário Constantino Oom do Vale.
Esta unidade era composta por quatro companhias de infantaria e contava com 16 oficiais e 658 praças.
Na manhã do dia 9 de Abril esta zona foi fortemente bombardeada pela artilharia alemã. e cerca das 11h30mn os alemães chegaram à posição. A linha de acantonamento do Batalhão estendia-se entre Riez Bailleul e Pont du Hem.
Após o embate com os alemães a unidade conseguiu retirar cerca de 400 praças tendo deixado no campo de batalha cerca de 260 prisioneiros nas mãos do inimigo, a maior parte deles feridos e incapazes de cumprir a ordem de retirada.
No dia 9 de Abril de 1918 o BI5 estava integrado na 6ª Brigada da 2ª Divisão, colocado no sector de Neuve Chapelle em reserva. À sua frante encontrava-se o BI11 em apoio (Loretto Road) e na linha das tricheiras o BI2, no subsector II (Winchester Post) e o BI1, no subsector I (Cruzon Post). A ordem de batalha do sector de Neuve Chapelle ainda incluia a 6ª Bataria de Morteiros Ligeiros em Huit Maisons.
Major Mário Constantino Oom do Vale,
Comandante do BI5, Lisboa, CEP, 1918
Ainda como capitão embarcou em Lisboa para França a 2 de Julho de 1917 a bordo do transporte de tropas NRP Pedro Nunes e desembarcou em Brest, França, três dias depois.
Comandava uma companhia do BI5 e posteriormente promovido a Major e passou a comandar o Batalhão de Infantaria nº 5.
Finda a Grande Guerra regressou a Lisboa a 9 de Abril de 1919 com uma contagem para tempo de serviço em campanha de 1 ano e 268 dias
(foto: Arquivo Histórico Militar)
O Regimento de Infantaria n.5 de Lisboa, à data da Revolução de 5 de Outubro, tinha o título honorífico de "Do Imperador da Áustria, Francisco José", que foi mantido por se tratar de uma homenagem concedida a uma entidade estrangeira.
O seu Quartel em Lisboa estava localizado no Largo da Graça, tendo a unidade sido transferido seu Quartel para as Caldas da Rainha, após a Revolta de 5 de Dezembro de 1917, em consequência do não apoio ao vitorioso Major Sidónio Pais.
Esta transferência foi decretada logo após 27 de Dezembro de 1917, data em que o Major Sidónio Pais assumiu as funções inerentes à Presidência da República.
Este Regimento ficou fora do "Corpo de Tropas da Guarnição Militar de Lisboa", que foi essencialmente constituido pelas tropas que tinham participado na Revolta e que tinham apoiado o Major Sidónio Pais.
Fonte: Oliveira, A.N. Ramires (1993), História do Exército Português (1910-1945), VII, Lisboa, Estado -Maior do Exército EME, p156.